Se você chegou até aqui porque quer descobrir como acontecem os sonhos, este será o último artigo que você precisará ler sobre o assunto!
Não há dúvidas de que todos adoram a experiência do sonho. Afinal, sonhar é uma das coisas mais incríveis que podemos experimentar.
Como acontecem os sonhos? De onde eles surgem? Todas as pessoas sonham? Qual é sua utilidade? Ainda, o que acontece com o nosso cérebro quando sonhamos?
O artigo de hoje busca elucidar algumas dessas questões.
Bem, o fenômeno dos sonhos tem sido um grande mistério desde o início dos tempos.
Nossos sonhos combinam estímulos verbais, visuais e emocionais em um enredo às vezes quebrado, sem sentido, mas, muitas vezes, divertido, principalmente quando se aprende a ter sonhos lúcidos.
Mesmo entre os estudiosos, as opiniões são divergentes em relação ao propósito e à função dos sonhos.
Seriam impulsos cerebrais estritamente aleatórios?
Estariam nossos cérebros realmente trabalhando com problemas de nossa vida cotidiana enquanto dormimos, como uma espécie de mecanismo de enfrentamento?
Deveríamos nos preocupar em interpretar nossos sonhos?
Apesar de anos de pesquisa, a base neurológica dos sonhos ainda não é totalmente certa. Várias teorias já foram propostas sobre como e por que os sonhos ocorrem. Até hoje, nenhuma delas é inteiramente satisfatória ou universalmente aceita.
Como acontecem os sonhos de acordo com alguns estudos científicos
As partes do cérebro envolvidas com os sonhos
Os sonhos acontecem no cérebro de maneiras muito mais complexas do que podemos imaginar.
Não apenas os sonhos ocorrem no estado REM (rapid eye movement ou movimento rápido dos olhos), mas também podem ocorrer no estado não-REM, de acordo com uma pesquisa publicada em 2017 no site Nature Neuroscience.
Os resultados desse pequeno estudo indicam que as maneiras pelas quais os sonhos acontecem em nosso cérebro são complexas.
No entanto, os pesquisadores também observam que esses estudos podem não apenas nos ajudar a entender melhor como os sonhos funcionam no cérebro, como também a natureza da própria consciência – como, por exemplo, se nosso cérebro simula a realidade até certo ponto.
Saber quando passamos de uma experiência inconsciente para uma experiência consciente – e como isso se relaciona com o sono – é fundamental para saber quais são realmente as funções do sonho.
Os genes CHRM 1 e CHRM 3
Recentemente, cientistas descobriram que pode haver dois genes responsáveis pelos nossos sonhos.
De acordo com eles, sem tais genes, que são essenciais, não experimentaríamos a fase REM durante o sono. Consequentemente, não sonharíamos. Pelo menos, não com tanta frequência, uma vez que os sonhos também podem acontecer na fase não-REM, como vimos no estudo anterior, mas em menor quantidade se comparado à fase REM.
Esses genes recebem os nomes de CHRM 1 e CHRM 3.
Durante o sono REM, nosso cérebro permanece tão ativo como quando estamos acordados. No entanto, a diferença é que nosso corpo fica paralisado para que não realizemos aquilo que estamos fazendo em nossos sonhos.
Os sonhos podem ajudar no tratamento de distúrbios?
Passamos por vários ciclos de sono REM e sono não-REM todas as noites.
Entender os diferentes padrões de atividade cerebral durante o sono e os sonhos pode ajudar os cientistas a desvendarem como os problemas com o estado REM se relacionam a doenças como distúrbios neurológicos, demência e Mal de Parkinson.
Uma vez que os transtornos do humor e da saúde mental estão ligados ao sono crônico de baixa qualidade, a compreensão das funções básicas de como o sono e sonho funcionam em nosso cérebro pode ajudar os pesquisadores no desenvolvimento de tratamentos muito mais eficazes para tais distúrbios.
Hiroki Ueda, que liderou o estudo, afirma que é fundamental entender:
- Como acontecem os sonhos no cérebro;
- A função dos sonhos;
- As regiões cerebrais específicas que controlam o sono.
Tudo isso pode ajudar no desenvolvimento do tratamento para diversos distúrbios.
Ueda observou, ainda, que são necessárias mais pesquisas para entender melhor como os sonhos funcionam no cérebro humano.
Por enquanto, os estudos sugerem que os sonhos estão intimamente ligados à forma como processamos as memórias, os traumas e as emoções de nossas vidas. Assim, podem até fornecer informações sobre como percebemos a realidade.
Porém, além da mecânica genética de como nosso cérebro produz os sonhos, o que mais acontece lá dentro? Como acontecem os sonhos e por que precisamos deles?
Nosso cérebro precisa sonhar1
De acordo com a Greater Good Magazine, além de nossas necessidades físicas para dormir, nosso cérebro realmente precisa sonhar.
Sonhar é como uma sessão prolongada de terapia noturna.
Além disso, sonhar no estado REM pode nos ajudar a resolver experiências dolorosas, difíceis ou até traumáticas que experimentamos durante o dia. Aliás, esse é justamente um dos motivos pelos quais sempre fui apaixonada pelo mundo dos sonhos.
Os sonhos nos ajudam a processar todas as complexas coisas da vida. É por isso que muitas pessoas, inclusive eu, têm sua vida transformada com a ajuda dos sonhos. Principalmente, os sonhos lúcidos.
Ainda de acordo com a Greater Good Magazine, durante o sono REM, nosso cérebro fica totalmente desprovido de certas moléculas desencadeadoras de ansiedade.
Ao mesmo tempo, áreas-chave do cérebro associadas à memória e à emoção são ativadas durante o sonho.
Isso basicamente significa que o cérebro cria uma espécie de oportunidade livre de estresse para processar emoções e memórias desafiadoras durante o sono.
É onde tudo pode acontecer – sem medos e sem cobranças da parte julgadora da nossa mente.
Como acontecem os sonhos: mecanismos fisiológicos e neurológicos
Sejam quais forem as razões subjacentes para o surgimento dos sonhos, os mecanismos fisiológicos e neurológicos ao ato de sonhar estão, embora ainda não totalmente compreendidos, gradualmente começando a se tornar mais claros à medida que as pesquisas modernas progridem.
As áreas do cérebro essenciais para sonharmos
Estudos recentes destacaram duas áreas específicas do cérebro nas quais a ausência de atividade parece causar a perda da experiência subjetiva do sonho.
Uma dessas áreas é onde os lobos occipital, temporal e parietal do córtex cerebral se encontram. A outra área fica no córtex frontal, especificamente em partes onde a dopamina é o neurotransmissor dominante.
Vale mencionar que essas áreas estão completamente desconectadas das áreas do cérebro envolvidas na geração de sono REM, que é regulado principalmente em uma área cerebral chamada “ponte”.
Os danos no lobo parietal do cérebro, por exemplo, após um derrame, podem levar a uma completa ausência de sonhos.
Como o lobo parietal é responsável por reunir todos os sentidos diferentes, supõe-se a hipótese de que o espaço imaginário em que nossos sonhos ocorrem é gerado nessa parte do cérebro.
As pessoas que danificaram os lóbulos parietais costumam adormecer com bastante facilidade, mas tendem a acordar regularmente durante a noite, quase como se acordassem sempre que estivessem prestes a ter um sonho.
Menos dopamina, menos sonhos
O neurotransmissor dopamina parece ser um fator importante no processo de como acontecem os sonhos.
As pessoas que tomam medicamentos para reduzir seus níveis de dopamina tendem a sonhar menos.
Por outro lado, aqueles que tomam medicamentos para aumentar seus níveis de dopamina, como os portadores de Mal de Parkinson, tendem a sonhar mais intensamente, mesmo que a frequência e a duração do sono REM possam permanecer inalteradas.
O sistema límbico
Durante o sono REM, o sistema límbico do cérebro, incluindo o hipocampo e a amígdala (envolvidos no processamento de emoções e motivação, entre outras coisas), é muito ativo.
Por outro lado, algumas áreas do córtex pré-frontal (envolvidas na memória, atenção ao trabalho, raciocínio lógico e autocontrole) são notavelmente inativas.
Assim, faz total sentido por que algumas imagens bizarras, ilógicas e desorganizadas – bem como a ausência de lógica e autocrítica – surgem em nossos sonhos.
Em outras palavras, podemos dizer que, nos sonhos, o cérebro permite que seu lado mais evolutivo e controlador dê lugar a um modo de pensar menos racional e mais primitivo.
O córtex visual primário
O córtex visual primário é quase completamente inativo durante o sono REM, como seria de se esperar quando não há sinais visuais externos.
No entanto, as áreas visuais do córtex envolvidas na análise de cenas visuais complexas, por sua vez, são altamente ativas, o que é compatível com as elaboradas imagens visuais que podemos encontrar em nossos sonhos.
O que acontece de bom no cérebro enquanto dormimos?
Matthew Walker, professor de neurociência e psicologia na Universidade da Califórnia e autor do livro Why We Sleep, pode explicar como ninguém o que acontece de bom em nosso cérebro enquanto dormimos.
Para entender melhor o processo, podemos dividi-lo em duas etapas.
Você tá doidão, cara!
Para Walker, sonhar é essencialmente um momento em que todos nos tornamos flagrantemente psicóticos.
E antes que você ignore esse diagnóstico, ele dá cinco boas razões e ajuda você a entender tal ponto de vista. Veja só:
- Primeiro, imagine que, ontem à noite, você estava sonhando. Então você começou a alucinar, vendo coisas que não eram reais;
- Se você acreditou em coisas que não podiam ser verdadeiras, então você estava delirando;
- Então, você também ficou com a percepção do tempo alterada, além de não estar certo sobre o porquê de tal desorientação;
- Depois, sentiu que as emoções estavam flutuantes e incompreensíveis, como um pêndulo;
- Por fim, que maravilha! Você acordou essa manhã e se esqueceu da maioria, senão de toda a experiência do sonho, então, tudo indica que está sofrendo de amnésia, já que tudo isso acabou de acontecer.
Agora, reflita: e se você experimentasse algum desses cinco sintomas enquanto estivesse acordado? Certamente procuraria tratamento psicológico ou psiquiátrico.
No entanto, durante o sonho, todos esses acontecimentos parecem ser um processo biológico e psicológico normal.
Quais são, então, os benefícios? Sigamos para a próxima etapa.
Ufa, era só um sonho… mas o que dá para fazer com ele?
Walker menciona que os sonhos, que acontecem com mais frequência durante o sono REM, oferecem pelo menos dois benefícios para o cérebro. O primeiro deles é a criatividade.
É justamente durante o sono REM e durante os sonhos que o nosso cérebro começa a processar todas as informações que recebemos recentemente. Durante o processamento, ele faz um “mix” com o catálogo que já temos armazenado no cérebro.
A partir disso, novas conexões começam a ser construídas. É quase como uma terapia de grupo para as nossas memórias!
Através desse padrão de alquimia informacional que ocorre durante o sono, criamos uma mente mais ampla e complexa.
Com isso, começamos a ter novos insights sobre problemas que antes pareciam sem solução, acordando, na manhã seguinte, com as melhores ideias do mundo.
Nada mal, não é?
O segundo benefício é a possibilidade de vencer traumas. É durante os sonhos que podemos enfrentar nossos piores demônios. Podemos reviver e ressignificar experiências emocionais difíceis.
Walker diz que sonhar é como se divorciar dessa carga emocional negativa das experiências que tivemos ao longo da vida. Assim, na manhã seguinte, acordamos nos sentindo melhor com tudo.
Todas as pessoas sonham?
Sim. Todas as pessoas saudáveis sonham, embora algumas se lembrem com mais facilidade de seus sonhos.
Com exceção daquelas que possuem alguma doença orgânica ou estejam sob efeito de alguma medicação, todo ser humano sonha, em média, de 4 a 6 vezes em uma noite normal de sono.
E os sonhos lúcidos?
Os sonhos lúcidos são aqueles nos quais tomamos a consciência de estarmos sonhando.
O sono é um bálsamo noturno calmante que suaviza as arestas dolorosas da realidade. Além desses dois benefícios que Walker citou, muitos outros podem ser alcançados com a ajuda dos sonhos lúcidos.
Se o sonho comum é uma possibilidade de vencer traumas, o sonho lúcido é uma verdadeira sessão de terapia.
É uma forma de acessar níveis mais profundos do seu subconsciente. É uma maneira segura, criativa e divertida de autoconhecimento. É, realmente, transformador.
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85 voluntários testaram o método. 82 tiveram seu primeiro sonho lúcido nos primeiros 20 dias. Um dos voluntários, o Flávio, recepcionista de 23 anos do Rio de Janeiro, disse:
“Eu tive meu primeiro sonho lúcido em 12 dias usando o método O Nexxus. Foi uma experiência muito divertida e, pouco tempo depois, já tive meu segundo sonho lúcido! Consegui até voar um pouco na segunda experiência!”
Agora que você já sabe como acontecem os sonhos, está na hora de embarcar nessa jornada incrível dos sonhos lúcidos.
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