Eu sempre enxerguei uma relação muito particular entre autoestima e controle dos sonhos.
Quero compartilhar com você a minha visão sobre isso. Quero mostrar que, por experiência própria, acredito que existe sim uma relação entre o controle dos sonhos e aquilo que você pensa sobre si mesmo.
Se, a essa altura, uma coisa pode não parecer estar relacionada à outra, até o final do texto você perceberá que elas estão muito mais próximas do que você imagina.
Afinal, como são formados os sonhos?
Há inúmeras teorias e estudos que tentam explicar como se formam os sonhos, assunto que, desde sempre, é um grande e fascinante mistério para a humanidade.
A área da psicanálise sempre demonstrou interesse pelo tema. Uma das primeiras abordagens, de Freud, estabelecia que os sonhos eram uma combinação dos “resíduos mentais diários” – elementos do nosso cotidiano mais recente – e das informações gravadas em nosso subconsciente.
Ele defendia que os sonhos eram uma espécie de válvula de escape para os nossos desejos e sentimentos mais reprimidos e que não conseguíamos manifestar de forma consciente. Ou seja, uma abordagem realmente analítica e psicológica, revista mais algumas dezenas de vezes ao longo dos anos.
Os autores do estudo The neural correlates of dreaming, realizado em 2017, dizem basicamente a mesma coisa que Freud: os sonhos são um produto da mente subconsciente e daquilo que vivenciamos no estado desperto. Há também outros estudos que atestam a ideia.
Assim, a teoria de que o nosso subconsciente é responsável por aquilo que sonhamos é a mais aceita – e talvez a mais estudada – por profissionais da área.
Quando estamos com a parte consciente do nosso cérebro desligada, que é exatamente o que acontece quando dormimos, quem toma as rédeas é o subconsciente. E é justamente nesse aspecto que autoestima e controle dos sonhos se relacionam.
O que nossa autoestima tem a ver com o controle dos sonhos?
Bem, acamos de ver que a teoria mais aceita sobre como se formam os sonhos diz que o nosso subconsciente é responsável por produzir o mundo onírico.
Assim, a autoestima e o controle dos sonhos se encontram em uma interseção que pode definir o rumo da narrativa do sonho – de modo positivo ou de modo negativo.
Vou mostrar o que quero dizer com isso através de dois sonhadores lúcidos fictícios.
Larissa, 23 anos, está acima do peso e se sente mal com isso
Larissa é uma sonhadora lúcida iniciante que adora a ideia de controle dos sonhos. Ela está acima do peso e tem a autoestima baixa por esse motivo.
No entanto, Larissa começou a estudar os sonhos lúcidos porque sempre gostou do mundo onírico. Seu maior desejo nos sonhos é voar! Larissa quer voar alto, muito alto, sentir seu corpo cortando as nuvens e ver todas as pessoas lá em baixo tão pequenas quanto formiguinhas.
Todas as noites, Larissa vai dormir e, ao alcançar a lucidez, tenta voar. Nunca consegue. As experiências são sempre frustrantes e nunca transcorrem da maneira que ela gostaria.
Douglas, 18 anos, nunca ficou com ninguém
Douglas é um garoto bastante reservado, tímido, adora passar as madrugadas assistindo suas séries favoritas, nunca ficou com ninguém e se sente solitário, insuficiente.
Ele já conseguiu ter alguns sonhos lúcidos. Gostou muito das experiências e quis ir além: controlar a narrativa dos mesmos para encontrar suas atrizes favoritas.
Todas as noites, Douglas vai dormir e, ao alcançar a lucidez, utiliza todas as técnicas que conhece para fazer surgir no cenário suas atrizes favoritas.
Quando pensa ter encontrado alguém, esse alguém se transforma em uma figura disforme e abominável, ou ele simplesmente acorda imediatamente.
Não importa se ele dorme bem ou dorme mal, os resultados são sempre desanimadores.
É claro que, com isso, Douglas acorda totalmente frustrado e fica com a autoestima ainda mais abalada, acreditando que é tão desprezível que, nem nos sonhos, as mulheres olham para ele.
Por que a Larissa e o Douglas não conseguem controlar seus sonhos?
Minha visão sobre isso é até simplória, mas, repito, por experiência própria, acredito que a autoestima e o controle dos sonhos estão relacionados.
No subconsciente de Larissa, está incutido o pensamento “não consigo voar, sou gorda demais”.
No subconsciente de Douglas, está incutido o pensamento “não consigo encontrar mulheres bonitas, sou solitário e vou morrer assim”.
Mas, então, qual é a solução?
Eu gosto de dizer duas coisas (preste bem atenção nelas):
- Você pode ajudar seus sonhos.
- Seus sonhos podem ajudar você.
Quero falar detalhadamente sobre cada uma dessas ideias, principalmente para explicar melhor a relação entre autoestima e controle dos sonhos.
Você pode ajudar seus sonhos
Vamos seguir com os exemplos fictícios de Larissa e Douglas.
Embora os dois já saibam como alcançar a lucidez nos sonhos, eles encontram uma grande dificuldade para controlá-los porque, como vimos no início, os sonhos são uma mistura dos acontecimentos da vida desperta com as mensagens e sentimentos que estão gravados em nosso subconsciente.
Se Larissa quer voar e Douglas quer encontrar suas atrizes favoritas em seus sonhos, eles precisam profundamente acreditar que isso é possível – quando digo “profundamente”, me refiro ao nível subconsciente.
Então, temos dois caminhos.
O primeiro consiste em você ajudar seus sonhos. Na prática, isso significa mudar sua mentalidade e se livrar de padrões limitantes que estão presos no seu subconsciente.
Em outras palavras, a ideia é você reprogramar sua mente na vida desperta, povoá-la com pensamentos positivos sobre si mesmo e então obter sucesso no controle dos sonhos.
Seus sonhos podem ajudar você
Suponhamos que você não consiga mudar seus padrões de pensamento com facilidade, portanto, não pode ajudar seus sonhos. Adivinhe só? O contrário pode acontecer.
O segundo caminho consiste em fazer com que os seus sonhos ajudem você – e é aqui que o sonho lúcido desempenha um papel especialmente importante.
Ao tomarem a consciência de estarem sonhando através de um reality check ou uma experiência tátil, por exemplo, nossos personagens fictícios, Larissa e Douglas, já tentaram controlar os sonhos e falharam.
O máximo que conseguiram? Acordar com muita frustração e com a autoestima ainda pior.
E se eles pudessem utilizar os sonhos lúcidos como uma ferramenta de transformação? E se você pudesse fazer isso também?
E se, ao tomar a consciência de estar sonhando, Larissa pudesse encarar seus sentimentos mais profundos de autodepreciação e, depois de algumas práticas, acordar renovada e com a autoestima aperfeiçoada?
E se, ao tomar a consciência de estar sonhando, Douglas pudesse enfrentar seus maiores traumas, deixando de lado a ideia de que será solitário para sempre?
A transformação que os sonhos lúcidos podem trazer
A autoestima, que descreve a sensação que um indivíduo apresenta em relação ao seu valor pessoal, começa a ser desenvolvida desde a infância.
Aquela criança que sofreu bullying no colégio por usar óculos tem grandes chances de crescer com a ideia de que não é boa o suficiente. O filho que foi desprezado pelos pais por ser gay, também.
Cada um de nós possui uma percepção única dos acontecimentos. Dessa maneira, há inúmeras razões pelas quais um indivíduo pode desenvolver o péssimo hábito de desprestigiar a si mesmo, enquanto outro pode encarar experiências negativas como uma forma de ganhar equilíbrio e desenvolver o sentimento de amor próprio.
Seja como for, o que eu acredito é que o indivíduo com a autoestima baixa tem grande dificuldade em controlar seus sonhos quando tenta manipular algo que ele mesmo não acredita.
Não se engane. Você pode estar lúcido em seu sonho, mas controlar a narrativa do mesmo envolve muito mais do que você imagina.
Ficou mais claro, agora, como o controle dos sonhos tem a ver com a autoestima?
Para mudar os padrões da sua mente subconsciente, portanto, você pode:
- Ajudar seus sonhos.
- Deixar que seus sonhos ajudem você.
Ambos os caminhos requerem disciplina, paciência e determinação. A Larissa precisará aprender a não se importar com os seus quilos a mais – e, naturalmente, com o que as pessoas pensam sobre isso – e o Douglas precisará acreditar que vai encontrar uma pessoa que o considera incrível.
Se você escolher o caminho de ajudar seus sonhos, precisará se dedicar ainda mais, já que mudar os padrões da sua mente subconsciente, no mundo desperto, é um processo que leva tempo.
Por outro lado, se você escolher o caminho de deixar que seus sonhos ajudem você, além de conseguir resolver suas adversidades subconscientes de forma mais divertida e lúdica, levará menos tempo e você se tornará um sonhador lúcido mais realizado.
E é claro que você não precisa se preocupar, porque os sonhos lúcidos não são perigosos.
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